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terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

10ª - -Fernanda Narrando-

E sou Fernanda Machado,para os íntimos: FÊ.
Tenho 19 anos, moro perto da casa do meu namorado, o Diogo. Ele tem mais ou menos a mesma idade que eu.
Morar perto dele é bom, pois sempre que posso vou visitá-lo, sempre ligo pra saber onde ele está.

Já namoramos tem um tempo e gosto de verdade dele, mas às vezes fico incomodada quando ele diz que vai sair para dar uma “espairecida” porque não consigo saber aonde ele esta, pois ele desliga o celular.
Certo dia, ele saiu para uma dessas “espairecidas” bem cedo e quando voltou já tinha escurecido, sei porque ele me ligou quando chegou em casa, após ver tantos recados na secretária eletrônica. Ele me ligou com uma voz meio distraída, pensando na morte da bezerra, talvez tenha acontecido algo que ele não em contou, não sei, ou talvez não, seja só paranóia minha.
Gosto de sair com minhas amigas, ou ir na casa delas. É sempre bom porque a Juju, minha BEST ,mora perto de Parmê e por isso sempre passamos lá pra comer algo.

Da última vez ,saí de lá já estava noite. Aproveitei e liguei pro Di pra perguntar onde ele estava (como sempre faço). Ele me disse que estava jantando com uma amiga na Parmê e eu perguntei se conhecia ela, ele me deu apenas um ‘não’ seco, dando a parecer que eu tinha ligado no momento errado. Como eu gosto de saber com quem ele anda e estava com fome, disse que daria uma passada lá para conhecer essa amiga dele.
Quando cheguei, a tal amiga estava com uma cara estranha,parecia constrangida por me ver, e o Di também.
-Oi amor – disse dando um selinho nele e deixando bem claro a situação daquele local. – Você não vai me apresentar a sua amiga?
-Ah, - disse ele – Fê, essa é a Duda, minha amiga. Duda, essa é a Fê, minha...
-NAMORADA – disse - Amor, pede ao garçom uma salada pra mim, enquanto vou retocar a maquiagem, não posso fugir da dieta.
Quando voltei, comecei a puxar conversa para saber de onde ele a conheceu e ao ouvir a história, achei bonitinho,mas fiquei cheia de ciúmes.
Logo que o Di terminou a história, tal Duda nos pediu licença para ir ao banheiro, enquanto isso, aproveitei pra perguntar ao Di como tinha sido o dia dele, e ele me respondendo muito seco.
Ela voltou com uma expressão estranha, dizendo que não estava passando muito bem e queria ir pra casa. O Diogo prontamente atendeu o pedido, mas eu disse:
-Di, eu ainda nem comi, fica aqui comigo.
-Fê, eu a trouxe, eu vou leva-la de volta - disse ele
Achei estranho, mas justificável. Então me levantei pra ir com eles, eu e o Di com certeza faríamos alguma coisa juntos depois. Doce ilusão.
Assim que ele deixou a menina no prédio, eu fiz a proposta a ele, que não parava de acompanhá-la com os olhos enquanto ela subia as escadas:
-Amor, vamos sair pra fazer alguma coisa?
-Olha Fê, eu também não estou muito legal, vou te deixar em casa e vou pra minha descansar.
Seguimos em silêncio até onde eu morava, a apenas alguns quarteirões dali.
Quando estava descendo do carro, perguntei se ele não queria subir, e ele respondeu seco que “não”, dizendo de novo que não estava muito bem. Ele se despediu de mim com um beijo sem graça e foi embora.
Entrei,joguei as chaves na mesa e desejei que aquele dia logo acabasse para eu esquecer o olhar de cumplicidade que o casal de amigos que incluía o meu namorado estava naquela noite. Desejei também que não tivesse tido nenhuma desconfiança dele, mas foi mais uma ilusão pois ninguém conseguiria tirar a pulga que ficou atrás da minha orelha
Tomei um banho, me deitei desejando que o dia seguinte fosse melhor e logo adormeci.

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