9ª - -Diogo narrando-
Então ao entrarmos no carro me senti envergonhado e sem coragem, ficamos meio que sem assunto durante o início do caminho.
Comecei a pensar em como puxar assunto com ela, não vinha nada na minha cabeça. De repente meus pensamentos foram cortados quando ela começou a falar. Isso fez com que eu me sentisse um pouco melhor, mas a primeira pergunta que ela fez foi por que eu decidi ficar com ela na pracinha. Não sabia como começar a resposta, mas vi que não precisava inventar coisas mirabolantes pra impressionar ela, só bastava eu dizer o que realmente tinha acontecido.
Respirei fundo e disse:
-Bom eu percebi que você estava muito mal então decidi lhe fazer companhia. Nessas horas as pessoas precisam de um ombro pra chorar.
-Mas você nem me conhecia... quer dizer, você nem me conhece.. – disse ela sem jeito
-Estamos nos conhecendo hoje, se não tivesse feito o que fiz ontem não teria conhecido você.
-É verdade - disse envergonhada
-Mais e então, porque você estava tão triste ontem ?
-Bom...! – disse ela com um pouco de receio
-Se eu tiver me intrometendo, não precisa falar. - respondi
-Não, tudo bem...! É que meus pais estavam brigando em casa e começaram a me culpar e culpar a minha irmã... mas ela não liga, ela simplesmente saiu de casa e eu fiquei lá até não conseguir mais.. aí saí de casa chorando
-Ah sim, problemas de família. Problemas familiares são as piores coisas que podem acontecer, mais já se resolveram ? - perguntei
-Nem sei, não fui pra casa
-Pra onde você foi depois ? – perguntei preocupado
-Eu fui pra a minha casa, não para a dos meus pais
-E a sua irmã ?
-Não sei, também não falei com ela, mas ela deve ter ido pra casa do namorado dela, o Thiago.
-Ah, entendo
-Mas chega de falar de mim, vamos falar de você – disse ela
-De mim? Bom, já estamos chegando que tal falarmos sobre mim lá ?
-Por mim tudo bem
Ficamos alguns minutos em silêncio e logo chegamos ao restaurante
A ajudei a descer do carro, abrindo a porta e estendendo minha mão. Entramos no restaurante e pedi a mesa da reserva para nós dois.
Nos sentamos e entreguei um cardápio a ela, mas ela disse que eu que iria escolher. Então eu disse:
-Metade calabresa e metade frango com catupiri?
-Pode ser – ela disse – Vou ao banheiro, vai fazendo o pedido.
Chamei o garçom e fiz o pedido, quando ela voltou, avisei que o garçom tinha dito que demoraria uns 10 minutos.
-Então, o que você queria falar sobre mim? - perguntei
-Tudo, pode começar – me disse ela
-Bom eu moro sozinho em um apartamento que fica a duas esquinas do seu, eu trabalho em uma empresa de tecnologia, faço faculdade e minha família mora na região dos lagos – dei uma pausa - Eu sei que parece estranho mais qual a sua idade ?
-Tenho 18 e vc?
-Tenho 21. É que você me parecia ser mais nova.
-E isso é bom?
-Sim, eu acho que sim
-Por que? Todo mundo me achar criança não é bom. – disse ela
-Não que isso. Eu não acho você uma criança, é apenas por você ser nova que ainda tem muito que aproveitar da vida e não ficar chorando em uma praça para ser consolada por um maluco que nem conhece - disse rindo do que eu disse
Ela sorriu em resposta
-Sabe, - continuei - tem coisas que nós não devemos dar tanta importância, devemos apenas ignorar, quando nossos pais jogam a culpa em nós, é apenas uma desculpa para não assumir os erros.
-Eu sei –disse ela- mas mesmo assim é muito difícil você ouvir isso.
-Com licença - disse o garçom pondo a pizza na mesa
-Então, vamos comer? – perguntei
-Vamos – respondi sorrindo.
Então no momento em que a pizza chegou meus pensamentos foram além do que poderia imaginar, ela não saia da minha cabeça e era tão bom vê-la bem e parecia que estava se divertindo, como ela estava linda não dava para se esquecer do momento em que ela descia pela escada, eu não estava nem sentido o gosto da pizza estava concentrado nos meus pensamentos, espero que ela goste de mim e tomara que ela queira sair mais vezes comigo ela me faz tão bem apenas por estar ali, como uma menina tão jovem poderia mexer dessa maneira comigo? Nesse momento eu gostaria de saber sobre o que ela estava pensando, porém eu sabia que não poderia ser para ela mais do que um amigo, eu tenho namorada o que aconteceria se ela me visse com essa menina? Mais ela me faz tão bem não sei o que fazer.
Foi quando meu telefone tocou e eu fiquei surpreso. Quem me ligaria naquele momento? Então eu o atendi e era quem eu menos queria que fosse, minha namorada.
-x Inicio da Ligação x-
-Oi amor – disse
-Onde você esta? Liguei pra sua casa e ninguém atendeu – disse ela
-Eu to na Parmê
-Você está sozinho? – perguntou ela
-Não, to com uma amiga, por quê?
-É que eu to aí perto, na casa da Juju, pensei em dar uma passada aí. Eu conheço essa sua amiga?
-Não – respondi seco
-Então vai ser uma ótima oportunidade pra eu conhece-la. Daqui a alguns minutos eu apareço aí. Beijos
-x Fim da Ligação x-
Eu olhei para Maria Eduarda e ela estava com um olhar estranho, meio triste, então eu disse:
-Me desculpa, era a minha namorada e ela queria saber onde eu estava. Ela é um pouco inconveniente, e disse que esta vindo pra cá. – fiquei sem graça
-Sua namorada? Ah, tudo bem – respondeu ela
-Daqui a pouco ela chega.
domingo, 7 de fevereiro de 2010
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